20 de nov. de 2010

Impressões

Pessoas costumam me recordar por motivos estranhos. Ontem mesmo encontrei o juiz que apitou nossos jogos nas Olimpíadas do colégio. Eu mal lembrava dele. Já o dito cujo, "Ah, você é a menina que tava sempre rindo e dançando durante o jogo."

Freedom

"Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção" Só os loucos sabem

Às vezes me pego como espectadora da minha própria vida. Ganho outra perspectiva, um ponto de vista em terceira pessoa de mim mesma. Tipo aquela coisa em filmes - "Vi minha vida passar como um flash!". Aí percebo que, no dia-a-dia, a força do hábito erguia muros por onde andava pra me guiar. Tudo era confortável. Tudo parecia confortável. Até me dar conta... que sou livre.

Na verdade, os muros não existem. Não pertenço a lugar nenhum. A ninguém. Nem a tempo algum. Pertencer é apenas uma sensação, pois, na real, não pertenço. Lugares são meramente provisórios. Pessoas atraem-se por finos imãs, não correntes. E tempo... hum, o tempo. Posso muito bem ser atemporal. Tempo é invenção humana, portanto, crio o meu próprio.

Agora, não apenas vejo a vida passar como um flash, mas entendo - ela é o flash. Flashes são feixes de luz. Feixes de luz são independentes. E rápidos.

3 minutos

Sabe o que acho engraçado em ter blog? O fato de muita gente perder uns 3 minutos diários o lendo. Gente que não vejo há tempo, que vejo todo dia, conhecidos, desconhecidos, com quem falo, a quem não dirijo a palavra, moradores de outras cidades, outros países ou da minha rua. Gente de todo tipo.

Muitos me dizem que entrar em "emeutroco" já é uma espécie de rito virtual. Isso me faz sentir importante. Afinal, é como se, por 3 minutos, por 180 segundos que poderiam ser empregados em qualquer outra atividade terrena, alguns pensassem em mim e aturassem minhas abobrinhas. E, cá entre nós, eu escrevo bobagens.

Conclusão: você perde 3 minutos diários lendo bobagens. Obrigada.

"Nós somos os otários ideais"