2 de out. de 2010

Tinha alguma coisa naquela seringa e não era imunização

Lá fui eu tomar mais vacina. Da sala de espera, escuto uma criança chorando e berrando enlouquecidamente. Eu e a Ari trocamos olhares arregalados. Segundos depois, a porta se abre. Um garotinho sai agarrado ao pai, com rosto cheio de lágrimas. Aparece a enfermeira que me aturou umas duas semanas antes:

- Vanessa de Araújo?

É, ninguém ousa pronunciar "Dechen", apesar de ser da forma mais óbvia possível. Levanto-me e entro na salinha. Olho o papel de parede de bichinhos: elefantes, girafas, macacos... Tento memorizar a ordem na qual eles aparecem. Escuto música. Ipod é uma ótima companhia para evitar que eu morda as mãos de alguém.

Ouvia Skank quando, já com a seringa na mão, a mulher passa álcool um pouco abaixo do meu ombro, na parte de trás do braço. Perto do suvaco! PERTO DO SUVACO! Quase nas axilas! Como assim??? Aham. Ah, tá. Como se eu aguentasse.
Tudo bem, eu aguentei. Mas Arielle e a enfermeira tiveram que me segurar, porque senti cócegas. E quando digo que senti cócegas, refiro-me a gargalhadas nem um pouco discretas, provavelmente ecoadas pelos quatro cantos da clínica. Naquele local onde, há 15 minutos, um menininho berrava, eu ria. Muito. Alto. Mais alto do que minha tia Sônia. Ri tudo o que não ri durante a semana.

3 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Até eu estou rindo do outro lado da telinha kkkkkkkkkkkkkkkkkkk kisses Mamis

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  2. hahahaha, só vc mesmo vany pra rir em uma hora dessas
    bjos (bá)

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  3. Isso é o que eu chamo de rir para não chorar.

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